Em setembro, o volante Judson conversou com Jorge Kadowaki, do Canal Outra Liga. O jogador, que está nos Estados Unidos desde 2019, comentou sobre a boa sequência de 10 partidas sem perder do San Jose Earthquakes, time no qual atua. Falou também da dificuldade em manter a regularidade em uma liga tão competitiva e imprevisível, além de exaltar o crescimento recente da MLS e projetar que a liga estará entre as cinco principais do mundo nos próximos anos.

Na entrevista, o volante brasileiro contou como foi sua chegada ao San Jose, dizendo estar sendo observado pela equipe desde 2015, quando atuava no América de Natal, e que o destaque no Avaí o ajudou a ser chamado para a franquia norte-americana. No Leão da Ilha, celebrou ainda os dois acessos à Série A conquistados em 2016 e 2018, além da participação na campanha azurra na primeira divisão de 2017.

Já na equipe da Califórnia, Judson exaltou a estrutura e o grupo do Earthquakes, falando da parceria com o zagueiro brasileiro ex-Chapecoense, Nathan, além de elogiar o treinador argentino Matías Almeyda, dizendo que o técnico ajuda muito os jogadores no vestiário e no dia-a-dia em relação a pressão da torcida, que sempre espera a equipe brigando por títulos. Além do zagueiro e do treinador, Judson também contou como é ser companheiro de Wondolowski, maior ídolo da história da equipe.

Por fim, comentou a respeito de seu futuro no futebol e da indefinição com o final de seu contrato se aproximando. Disse dar preferência ao Earthquakes mas que não descarta uma ida para outra equipe na liga ou, até mesmo uma volta ao Brasil. 

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Já em outra entrevista, desta vez para os jornalistas Gustavo Demétrio, Henrique Simão e Junior Ribeiro do site Território MLS, Judson comemorou a chegada de mais brasileiros à liga, como Grégory e Brenner, dizendo acompanhar os jogos deles sempre que possível. 

Em um bate-papo descontraído, o volante revelou como foi, em decorrência da pandemia, sua pré-temporada de cinco meses no Brasil. Ele também comentou acerca das diferenças táticas da MLS em relação ao futebol brasileiro, apontando o tipo de marcação como um dos principais pontos divergentes, uma vez que no Brasil se prioriza a marcação por zonas e na MLS uma marcação mais individualizada.

A exigência física foi outro ponto destacado pelo volante, uma vez que o técnico Almeyda pede muita mobilidade e dinamismo a todos os atletas. Judson analisou ainda a mudança em seu estilo de jogo, dizendo que ela ocorreu através de uma reeducação tática ao futebol estadunidense, fazendo com que passasse a fazer menos faltas e consequentemente receber menos cartões.

Ele também disse ver diferenças na relação entre torcedores e jogadores em relação ao Brasil, afirmando que o apoio é maior e dificilmente há problemas com cobranças exageradas dos torcedores, mesmo quando o time não está em uma boa sequência de jogos. Judson falou ainda sobre como é a preparação da equipe para jogar contra os rivais californianos Los Angeles FC e Los Angeles Galaxy. O volante também não deixou de lembrar da marcante vitória sobre o LA Galaxy, do sueco Ibrahimovic, diante de 50 mil pessoas em 2019, confessando ser esse seu jogo inesquecível nos Estados Unidos. 

Por fim, Judson analisou como o país norte-americano lida com o problema do racismo, lembrando do caso George Floyd e da repercussão do movimento Black Lives Matter em ações nos estádios de todo o país, com o objetivo de combater o preconceito. Ele exaltou ainda a participação da liga e do sindicato de atletas profissionais neste assunto. 

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